quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uma tarde bem passada


Numa tarde de muito calor, lá fomos nós passar a tarde como combinado. Entrada no café, sumos para refrescar e procura de mesa perto do ar-condicionado. Trocámos de mesa três vezes, sob o olhar reprovador do empregado do café, mas não nos importámos. Esta tarde era nossa e foi mesmo! Começámos por falar de mim, do que é que eu pensava fazer da minha vida, de como andava a aproveitar estes dias e assim a conversa fluiu rapidamente, sem darmos conta. Foi bom o apoio que recebi, a confirmação de que estou na idade em que tudo é ultrapassável e que tenho energia para dar e vender. E fizeram-se projectos, ali, em palavras, partilhei o meu entusiasmo e reacendi uma chama que andava há muito apagada. A chama de me sentir útil, realizado e eu garanto, que está para breve um novo rumo na minha vida. E neste fase, eu vou fazer aquilo que REALMENTE gosto, não vou problematizar as questões à minha volta e desviar-me daquilo que melhor sei fazer, daquilo que são as minhas características. Por isso, apetece-me sorrir e ir em frente, mimar-me um pouco, porque também tenho direito. Para acabar, fomos dar um passeio de carro bastante agradável, valeu mesmo a pena. Por esta tarde, obrigado! Obrigado pela amizade.

Orientando-me...


Há alturas em que nada parece aquilo que é, por outras palavras, não sabemos muito bem descrever a realidade à nossa volta. Sinto-me como um estrangeiro acabado de chegar a um país desconhecido. Sinto-me aliviado, pois este fim-de-semana, já fico de férias de um projecto que já dura há 4 anos e que em Setembro tem o meu regresso marcado. Mas agora, vai ser tempo de descansar, em Setembro logo pensarei nos novos desafios, nas novas responsabilidades. Daqui a umas semanas, volto aos exames, só de pensar fico revoltado. Fico revoltado, porque mesmo que queira, eu não vou conseguir ter uma boa prestação. Estou cansado e saturado, preciso de férias e preciso de algo que me realize. Tenho saudades do sucesso, do trabalho fecundo que dá frutos e que se vê a evoluir. E ainda digo mais, não tenho paciência para o que as pessoas dizem ou vão dizer, simplesmente não quero saber. Já tive grandes momentos, muito sucesso, agora está a dar-se o inverso, mas faz parte. Não deixo de ser quem sou pelos altos e baixos, muito pelo contrário, só fico mais humilde e reforço a minha personalidade. Se alguém pensa que me pisa e me atinge, engana-se, eu até posso magoar-me com as palavras e gestos de algumas pessoas próximas, mas não é fácil derrubarem-me. Por isso, que ninguém tente, pois todas as tentativas serão em vão.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Por Vergonha de Amar

O título não é meu, muito menos a ideia e a perfeição da reportagem, mas "Por Vergonha de Amar" é uma reportagem da TVI, feita por Ana Leal, que eu aconselho toda a gente a ver. Esta reportagem tem como tema a homossexualidade nos jovens e retrata os casos de várias pessoas. Acho que é impossível não nos emocionarmos com os testemunhos de algumas delas, que com algum sofrimento recordaram como é díficil viver e lidar com uma situação que a sociedade não compreende e julga com veemência. Emocionei-me com as palavras de uns e os gestos de outros, emocionei-me com um jovem de 18 anos que se assumiu dentro de uma família católica e que foi aceite pela família de forma incondicional. Emocionei-me com o facto de uma rapariga ter cortado o cabelo e ter retirado todo o seu aspecto feminino para que quando saísse com a namorada, não fosse julgada e não sofresse mais, por que parecendo um rapaz é tudo mais fácil. Emocionei-me com o rapaz de 16 anos, que tem a voz carregada de sofrimento e que só pode falar com uma professora, pois a família é católica e jamais demonstra abertura para o aceitar no futuro. Emocionei-me com a mãe que aceitou a sua filha desde muito cedo e que a ama incondicionalmente, dizendo com todo o carinho " se eu quando saio com o meu marido à rua, lhe posso fazer um gesto de carinho, porque é que a minha filha e outras pessoas como ela não o podem fazer?". Emocionei-me com a história de uma mãe que ia afagar um filho à noite e que ele chorava a partir dos 11 anos e que não conseguia dizer à mãe porque estava a chorar e que chorou todas as noites até aos 15 anos. Marcou-me esta reportagem, por dois motivos, pelo sofrimento destes jovens e a intolerância da sociedade e acima de tudo pelo papel da religião neste processo.
Como católico, não consigo compreender o julgamento que se faz a estes jovens, o Deus em que eu acredito, aquele com que eu lido desde criança, na catequese, aquele que eu digo às crianças existir, é um Deus misericordioso, que não julga, que nos ama incondicionalmente e por isso nós também o devemos fazer, perdoar, amar, não julgar os outros. Eu sou incapaz de julgar os outros, e não digo isto por dizer, estou consciente do que digo. Que sabedoria tenho eu para julgar outra pessoa? Como podemos nós julgar os homossexuais? Diz-se que são escolhas, eu não acredito que sejam escolhas e como dizia o rapaz de 16 anos da reportagem "eu dava tudo para não ser homossexual". Deve ser um sofrimento enorme, deveríamos estender os braços e oferecer ajuda, não julgá-los, atirar pedras. E sinceramente, a verdadeira essência da Igreja Católica, deve ser a de compreender, não julgar, perdoar, amar, só assim haverá Paz. E é assim que eu quero viver até ao fim da minha vida, porque assim tenho uma consciência tranquila que sabe que fez tudo para o bem dos que me rodeiam.
Eu já passei pela experiência, pelo teste de aceitar alguém diferente, quando uma amiga minha cheia de fantasmas e de dúvidas, teve a coragem de me dizer que gostava de raparigas, que era diferente. E se até aí eu tinha dúvidas se poderia ou não aceitar, essas dissiparam-se, tudo porque lhe disse "Oh A. se eu sou teu amigo, se gosto de ti e estive sempre ao teu lado, vou-me afastar agora de ti, por causa disto? Nem pensar!" Não me arrependo de estar sempre ao lado dela, é claro que são coisas muito diferentes e há experiências que nos fazem um bocadinho de confusão, mas eu sei que comigo ela pode falar, pode ser ela própria e isso deixa-me tranquilo, estou a fazer a minha parte.
Deixo-vos o link da reportagem e reflictam neste assunto, pois eu, que sou conservador, católico praticante e muito defensor de algumas tradições, recuso-me à descriminação.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Exame

Ontem fiz o primeiro exame e correu mallllllllllllllll. Enfim, não há palavras, ou então sou eu que não quero falar mais nisto.

sábado, 19 de junho de 2010

Porquê?

Porque é que há pessoas que passam por cima de nós como manadas? Porque é que há pessoas que nos reduzem a lixo? Que raivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Desafio*

Duas das minhas habituais companheiras da blogosfera, a Mysterious e a Shell, lançaram-me um desafio, o de escrever 6 coisas que não saibam sobre mim. Ora cá vão:
1 - Sou apaixonadissímo por animais e pela natureza, mas a minha verdadeira paixão são as aves, às quais dedico muito do meu tempo a estudá-las e a tratar das que tenho em casa.
2 - Deito-me sempre muito tarde, meia-noite para mim é cedíssimo. Tal como os grandes poetas, é à noite que sinto inspiração para ler, escrever, ver cinema, pensar, etc.
3 - Adoro pão e sou um apreciador extremo da comida portuguesa, não sou lá muito adepto de estrangeirismos. Quem me tira o meu bacalhau assado com batatas a murro, o arroz de pato ou as migas alentejanas, tira-me tudo!
4 - Adoro doces, todo o tipo. Talvez a culpa seja da minha mãe que cozinha excepcionalmente e é uma excelente doceira.
5 - Adoro crianças e aquilo que eu mais queria era ter um emprego onde pudesse lidar diariamente com elas. Por agora, lido com elas todos os fins-de-semana, já que sou catequista e tenho o mesmo grupo de catequese há 4 anos.
6 - Sou apaixonadíssimo por História e as três grandes figuras femininas pelas quais tenho mais interesse e sobre as quais mais pesquiso são Marie Antoinette, Catarina de Aragão e Elizabeth Tudor.
Pronto, como as pessoas que eu ia desafiar para este mesmo desafio já foram desafiadas - Mysterious, Sea&Shell e Viviane. Vou desafiá-las antes para outro desafio. Enumerem numa lista os vossos cinco maiores defeitos e as vossas cinco maiores virtudes e o porquê da vossa escolha.
Mysterious
Sea&Shell
Viviane
Estão desafiadas! Eheh. No fim, passem o desafio a quem quiserem.
P.S.- Peço desculpa, mas não me lembro como se fazem as hiperligações para os vossos blogues.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Desculpa, mas vou chamar-te Amor



Assim que cheguei quinta-feira ao Algarve, já ia com a intenção de arranjar uma companhia que me fizesse sonhar e sorrir durante o fim-de-semana, algo que me fizesse encher a mente de coisas boas e que me dessem forças. Então e por conselho da minha amiga Shell, lá fui eu à Bertrand comprar o novo livro de Federico Moccia - desculpa, mas vou chamar-te amor. Como já era fã do Federico Moccia e já tinha lido alguns livros dele, a expectativa que recaía sobre este novo livro era grande e então andava em "pulgas" para o comprar. Gostei logo da capa, as capas dos livros dele costumam ser sempre muito atractivas, ou pelo menos, eu gosto. Abri o livro e começei a ler as primeiras páginas, como quem prova algo novo e avançei, não resisti. Simplesmente maravilhoso, é aquilo que tenho a dizer, ainda vou nas primeiras 150 páginas mas tenho gostado muito do que li, a história é refrescante, toca-nos a todos e não deixa de falar de algo muito sério e complexo, do amor e da relação que ele pode estabelecer com as pessoas. Quando acabar, venho contar o que achei e falo um bocadinho do livro. Por agora, só posso dizer para que comprem este livro, vale a pena!


Fim-de-semana

Este fim-de-semana fui embora, rumei a sul como muitos portugueses fizeram e isolei-me do meu quotidiano e dos meus problemas, por uns dias, por momentos. Foi bom, deu para recuperar energias e para aumentar a boa disposição, deu para ter um novo olhar sobre os desafios que me esperam e para perceber que estou sistematicamente a subestimar-me. E quando assim é, nunca estamos muito bem. Como diz o meu irmão "só fazes mal a ti próprio" e eu percebi isso, que pior há para fazer a nós próprios do que não acreditarmos em nós, na nossa capacidade de vencer? Acredito que isto seja uma fase, aliás, sei que é uma fase, pois nunca fui uma pessoa de baixa auto-estima, mas neste momento ela anda baixinha. Apesar de tudo, sinto-me melhor e isso é que conta, pois desistir não faz parte das minhas opções!!!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

As saudades que eu já tinha.... de escrever no meu blogue!!

Pois é, desaparecido? Raptado? Não, foi mesmo eu que não tive paciência e inspiração para escrever, talvez porque os últimos dias foram no mínimo "diferentes" do habitual e eu senti-me como se tivesse dentro de um turbilhão e nada daquilo que me rodeava era claro.
Tenho muita coisa para dizer e poucas formas para o dizer, ou melhor, vou fazer um resumo dos últimos dias.
- Tive dias onde estive muito desanimado, onde me senti muito mal, mas felizmente consegui voltar outra vez à realidade e enfrentar os meus medos e fantasmas! Por isto, obrigado mano, pela paciência!
- Lutei contra alguns obstáculos e num momento em que podia ser egoísta e pensar mais em mim, (até deveria fazê-lo) não consegui deixar de colaborar com aqueles que precisavam e sinto-me bem com isso. Devemos ser humildes e prestáveis.
- Confirmei mais uma vez, que não tenho paciência para pessoas que insistem em afirmar que "tudo lhes acontece" e que têm o maior azar do mundo. Não sou, propriamente, a pessoa mais optimista do mundo, mas consigo reconhecer sempre coisas positivas à minha volta.
- Ri-me como nunca, ontem, com tanta asneira dita numa conversa já muito à noitinha. Uma delas foi o facto de uma personalidade aqui da zona, dizer que a cadela está anorética devido ao desgosto causado pela doença do filho. Hipocondríaca Forever!
- Já que estamos em maré de asneiras, não posso esquecer as do H. que diz que a L. se fizer um piercing no umbigo ou nos mamilos, é a mesma coisa. Ou que despi-la é a mesma coisa que descascar uma cebola - dá vontade de chorar.
- Para acabar, devo dizer que vou mergulhar num estudo intensivo para os exames! It´s not fair!
P.S. - Já me esquecia, adorei a ideia de se passar directamente do 8.º para o 10.º. E viva a chico-espertice!