sexta-feira, 7 de maio de 2010

Prestes a Explodir

Nos últimos dias tenho andado afastado, não tenho tido qualquer disponibilidade para vir ao blogue, nem para visitar outros blogues. Hoje decidi que tinha que aqui vir, preciso de vir chorar, fazer as minhas queixas, pedir colo, barafustar, apenas, talvez...

Esta semana foi muito difícil, muito cansativa, demasiado desgastante, mas para que tudo corra bem eu tenho seguido em frente, tenho dado o meu máximo, tenho-me sacrificado até, para benefício de outros. Não me arrependo minimamente, sei que neste momento tenho que me esforçar ao máximo e"engolir muitos sapos", para que tenha alguma paz. Mas não será legítimo ficar magoado quando se dá tudo por tudo para que as coisas corram bem e não nos dão valor? Não será legítimo querer ouvir uma palavra carinhosa, ter algum consolo, numa altura em que parece que tudo está a ser centrifugado? E não será legítimo querer gritar aos que nos rodeiam "Parem de ser egoístas!"? Eu não me importo de ouvir os outros, de estar a seu lado, mas para que as relações dêem certo, temos que dar e receber e nos últimos tempos, aqueles que me rodeiam só têm ambicionado receber, dando muito pouca coisa em troca. Tenho reparado, que nas últimas conversas que tive, 90% da conversa ou mais, é relacionada com os assuntos do outro interveniente, sobrando lá para o fim "então e tu? como estás?", ou então nem isso.

Sabem o que é que eu queria? Um abraço, forte e sentido. Além de uns dias fora daqui, para aliviar a saturação (Longe de tudo e de todos).

8 comentários:

  1. Entendo-te perfeitamente ! Especialmente quando estamos mais sensíveis ou numa onda "mais má" é importante que nos mimem e simples gestos são capazes de nos encher o coração... Espero que vás ficando melhor ! * beijinho

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  2. Obrigado Shell! É isso mesmo, neste momento estou mais abatido e sabia bem algum apoio, mas tudo há-de correr bem. Espero eu! Beijinhos.

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  3. Oh Francisco, pois eu percebo isso muito bem... o cansaço acumula-se, o stress bate à porta e nestas alturas sabe mesmo bem um abraço, uma palavra sentida, não é? Às vezes basta sentirmos que se preocupam connosco, porque nem sempre conseguimos ajudar, mas conseguimos mostrar solidariedade e preocupação. É o que eu vou tentar fazer...espero que fiques bem! Vai passar. Beijinhos e apoio (virtual) =)

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  4. Mysterious, acredito que me entendas. Deves passar pelo mesmo, às vezes. É isso mesmo, sabe-nos bem um abraço, uma palavra sentida. Obrigado pelo teu apoio e pela companhia nesta aventura de blogues. :P
    Beijinhos.

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  5. Saturação. Sim, por motivos diferentes percebo o que sentes. Eu sou grande responsável pela minha...não sei se és pela tua...:) Aqui fica um abraço grande. E. por mais que te digam que esse é o caminho errado ou que deverias seguir simplesmente outro, no fim, és tu que o fazes. E, por isso, deves faze-lo pela tua felicidade, por mais incompreensivel que pareça aos outros.

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  6. Como eu te entendo!... Por vezes é muito mais desgastante percebermos que os outros não estão lá para nós quando precisamos deles (quando nós oferecemos o ombro, o colo, as palavras de consolo, por vezes, até toda a nossa alma, sempre que no-lo pedem ou quando vemos que temos de o fazer!) do que os próprios problemas que nos desgastam... Infelizmente, vivemos numa sociedade cada vez mais egoísta que tudo exige dos outros sem dar nada em troca!

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  7. Ana,

    Tem sido uma tarefa muito difícil suportar as relações do dia-a-dia com a maior parte das pessoas que me rodeiam. Não pretendo que me carreguem ao colo ou que me dêem palmadinhas nas costas, apenas queria menos egoísmo. Gostaria de lhes dizer como os brasileiros dizem "Se enxerga, tá?".
    Apesar de tudo, continuarei a dar-me às pessoas que gosto e tal como diz Fernando Pessoa "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena" e a minha é grande, bem grande.

    Obrigado pela visita e pelo comentário.

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  8. Viviane,

    Também sou responsável por alguma saturação que sinto na minha vida, mas creio que nesta situação não tenho grande culpa, ou mesmo nenhuma. Só se for culpado por habitualmente ouvir os outros. Percebo as tuas palavras e acredita que sou muito assim, pouco influenciável, quem decide o meu caminho sou mesmo eu, por vezes, de forma drástica...

    Um grande abraço.

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