sábado, 21 de agosto de 2010

Da Ditadura ao Diálogo

O papel da Escola é e sempre foi, um papel fundamental na formação de cada cidadão, tanto na parte intelectual como na emocional.
Apesar de nos últimos anos, principalmente no último, a Educação ter sido altamente fustigada, as Escolas continuam a ter esse mesmo papel e é necessário que nenhuma Escola se demita dessas responsabilidades.
É certo que os principais intervenientes no processo de ENSINAR, se encontram extremamente desgastados e desamparados. Hoje, os professores ao acordarem, desejam imediatamente o regresso a casa após um dia de trabalho. Dar aulas e trabalhar nas escolas, tornou-se uma tarefa muito difícil e sem grande motivação. No entanto, o esforço existe e é visível! Diariamente, muitos professores lutam por saber ensinar melhor, por motivar e estimular os seus alunos e acima de tudo por darem sentido àquilo que fazem e que defendem.
Mas não podem ser só os professores a esforçar-se pelo sucesso de todo este processo. As Direcções das Escolas têm um papel fundamental.
As equipas responsáveis pela Direcção das Escolas, devem comportar-se como tal – uma equipa. As ideias absolutistas e ditatoriais têm de ser abolidas dos pensamentos e das acções dos órgãos de gestão, neste momento.
O tempo urge e o diálogo entre todos os intervenientes é algo que deve ser restabelecido e estimulado.
À gestão cabe promover a harmonia e a estabilidade no decorrer de todas as actividades lectivas e não lectivas no seio da comunidade escolar. Todos se devem esforçar para a união e mobilização de esforços por um Ensino melhor. Não é com impedimentos e restrições à liberdade de expressão que os Directores conseguem realizar algo de positivo e útil durante os seus mandatos.
Outra questão importante é o facto de se idealizar e centrar-se demasiado a figura do “Sr. Director”. Penso que seja algo errado, pois na Educação e no desenvolvimento de um plano de actividades que aposte no sucesso dos alunos, o mérito está no trabalho de equipa e não no trabalho isolado.
É óbvio que as dificuldades que se vivem são imensas, mas não se podem baixar os braços, quem dirige uma escola tem de estar atento a estas necessidades.
O diálogo tem que ser promovido e estabelecido, só assim se pode alcançar alguma serenidade nas escolas. A questão da avaliação é controversa e tem gerado muita contestação, desviando a atenção das pessoas desta realidade. As ditaduras nas escolas existem e por vezes são flagrantes. Para dirigir uma escola, ensinar, educar e sensibilizar é preciso estar isento. Isento de questões partidárias e de questões pessoais.
Agora, mais do que nunca, é necessário travar esta onda de desânimo e desunião que grassa nas escolas. É exigida Sensatez, Rigor, Responsabilidade, Esforço e Coesão a todos os membros das Comunidades Escolares. Sem estes princípios, o desrespeito e a ridicularização da figura dos docentes, serão ainda maiores.
Esta é a única solução para a frustração e desmotivação de docentes e discentes. Não é fácil, mas é possível.
A porta é estreita, mas abre um caminho. Se tivermos confiança num futuro melhor, numa Escola melhor vamos conseguir!

Francisco C.

2 comentários:

  1. Diálogo, é essa a palavra-chave!
    Um excelente texto.
    bj

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  2. Olá Deia, sem dúvida, sem diálogo não se vai longe. Beijinhos.

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